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Possíveis acordos durante o G20 e seus impactos para o Brasil.

Por: Eduardo Vanin e João Schaffer
Vídeo, Macro
Publicado em: 30/11/2018 12:52

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O que você encontrará nesse Artigo:

G20, o evento mais importantes nos últimos anos;

❷ Possíveis impactos para os mercados agrícolas.

Entre hoje (30/11) e amanhã (01/12) estarão reunidos na Argentina os líderes das 20 maiores economias do globo. Nesses encontros os líderes buscam alinhar pensamentos e promover o crescimento global.

Entretanto, com o clima nacionalista, e de certa forma protecionista, que alguns líderes vêm adotando, a grande volatilidade e as maiores mudanças para o cenário global virão de encontros paralelos. Nesse sentido, destaque para os possíveis acordos:

1- O mais esperado encontro acontecerá na noite de sábado. Em jantar à portas fechadas, os líderes das duas maiores economias do globo, China e os EUA, deverão discutir os possíveis acordos:

  • Retirada das tarifas, impactando positivamente as exportações americanas de algodão, soja e carne suína. Além disso, a China poderá aumentar de forma significativa suas compras de petróleo e gás americano;
  • Já para o Brasil, esse acordo traria Impacto negativo nos prêmios da soja e redução da competitividade americana no milho, fruto da ociosidade dos terminais americanos. Esse segundo ponto seria benéfico ao Brasil, uma vez que a competitividade do milho americano vem tirando espaço dos demais exportadores, inclusive o nacional; A figura mostra o efeito da Guerra Comercial e tarifas sobre a soja americana. Os prêmios da soja no Brasil para embarque outubro fecharam a superar 280 centavos acima dos futuros na CBOT, fruto da concentração da demanda chinesa;

2- Encontro entre Argentina e China: nesse acordo será tratado a abertura do mercado chinês para o farelo de soja argentino, trazendo reflexos positivos aos prêmios do derivado e melhora nas margens de esmagamento. Por tabela, tal acordo também beneficiaria o Brasil, uma vez que o encarecimento do farelo argentino daria mais espaço ao produto brasileiro na exportação. Segundo fontes, essa questão já se encontra bem adiantada, sendo que o Presidente argentino, Mauricio Macri, já espera comunicar tal acordo durante o evento;

3- Encontro entre Argentina e os EUA: nesse acordo podemos ver a retomada das exportações do biodiesel argentino para os EUA, seu maior cliente até 2017. Os EUA tarifou o produto argentino em mais de 55 por cento, alegando dumping por parte da Argentina. A figura mostra o volume de exportações argentinas para os EUA em 2016, representando mais de 95 por cento do total das exportações argentinas e mais de 55 por cento em 2017, proporção reduzida em função das tarifas em meados de agosto. A possível retomada das exportações traria aumento da demanda interna na Argentina por óleo, fortalecendo dessa forma seus prêmios. Novamente o Brasil seria impactado positivamente, visto o encarecimento do produto argentino.

Além desses encontros que podem ter forte impacto para as commodities agrícolas, teremos outros que podem trazer forte volatilidade geopolítica, principalmente para o petróleo.

Estarão presentes no evento Donald Trump (EUA), Vladmir Putin (Rússia) e o príncipe saudita (Arábia Saudita), nações que vêm elevando sua prospecção e exportação de petróleo, alterando assim os preços da commodity, que desde outubro perdeu mais de 30 por cento de seu valor. Apesar de não terem uma agenda definida entre eles, a presença de tais líderes no evento deixa o mercado de certa forma “nervoso”. Qualquer palavra mal interpretada pode ter impactos globais, principalmente para as economias emergentes.     


V´ÍDEO G20
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