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🗒 NOTA 1: Boletim Focus: Projeções no Brasil pioram a cada semana

Por: Eduardo Vanin
Nota, Macro
Publicado em: 20/09/2021 09:19

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Divulgado há pouco pelo Banco Central, o boletim Focus, que traz um compilado das projeções macroeconômicas do Brasil feita pelas principais instituições financeiras do país, registrou nova piora nas estimativas para inflação, PIB e taxa de juros no país.

Ainda refletindo o resultado acima do esperado para o IPCA de agosto, aliado ao aumento do IOF para operações de crédito anunciado semana passado pelo governo, os analistas seguiram revisando para cima suas estimativas de inflação para esse ano. Para 2021 a expectativa para o IPCA passou de 8,20% para 8,40% e para 2022 de 4,03% para 4,10%.

E com inflação mais alta, a projeção para Selic ao fim desse ano também foi elevada, passando de 8% na semana retrasada para 8,25% na semana passada. Já para 2022 foi elevada de 8% para 8,5%. E como já há instituições projetando 9,75% até o final desse ano, 8,25% deve ser visto como piso das expectativas.

Por isso, existe sim o risco de vermos a Selic retornar a dois dígitos ao fim do ciclo de aperto monetário. Após perder a mão esse ano na inflação, o BC mira o centro da meta para 2022, porém, as projeções estão desgarrando de nível, que é 3,50%. Já o teto para 2022 será de 5%. Ou seja, se quiser trazer as expectativas para o centro da meta, terá que subir os juros mais que o atualmente esperado, o que poderia levar acima de 10%.

E o combo de inflação e juros mais altos, só poderia terminar numa estimativa de crescimento do PIB menor. Para esse ano ficou mantido em 5,04%. Mas para 2022 passou de 1,72% para 1,63%. Há quatro meses atrás a estimativa para 2022 era de 2,5%, sinalizando como a piora da inflação e expectativa de mais aperto monetário comprometem o desempenho do PIB no país.

Importante mencionar também, que alguns bancos já projetam crescimento abaixo de 1%, com destaque para o Itaú, com estimativa de apenas 0,5% de crescimento no ano que vem.

Portanto, com inflação em disparada e sem sinais de arrefecimento, a tendência é o mercado seguir elevando suas projeções de Selic e reduzindo para o PIB. E as tensões políticas em Brasília só ajudam a agravar esse quadro, uma vez que impede o dólar de se desvalorizar no país.

 A queda do preço da moeda norte-americana seria positivo para arrefecer a inflação, em especial, para alimentos e combustíveis, que são itens de grande pressão atualmente sobre o bolso do brasileiro.


ABAIXO A EVOLUÇÃO DAS ESTIMATIVAS AO LONGO DO ANO


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