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📊 Gráfico do Dia: Tiroteio no escuro

Publicado dia: 20/07/2021 11:10

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A segunda-feira foi marcada por forte aversão ao risco ao redor do globo, com as bolsas de valores e commodities derretendo e o dólar ganhando força. Esse movimento foi motivado pelo receio dos investidores com o avanço da variante Delta do Coronavírus na Ásia e seu possível impacto negativo sobre o PIB global.

Com expectativa bastante otimista para o crescimento econômico mundial para 2021 (6%), o mercado teme que a volta dos problemas no Oriente leve a lockdown naquela região e isso inviabilizaria a projeção do PIB global para esse ano.

Além disso, a decisão da Opep+ em elevar sua oferta em 400 mil barris de petróleo por dia, derrubou o preço do petróleo, o que levou o preço das ações das petroleiras a desabarem na sessão de ontem, aprofundando a aversão ao risco.

Mostra dessa busca por proteção, foi vista no índice Vix, também conhecido como índice medo. Ele subiu ontem 21,95%, passando de 18,45 na última sexta-feira para 22,50 pontos. Quanto mais esse índice sobe, maior é a aversão ao risco por parte do investidor. Por isso fiquem sempre atento ao desempenho desse índice. Ele sinaliza como está o apetite ao risco por parte dos investidores.

Mas depois da tempestade vista ontem, o mercado amanheceu nessa terça-feira mais calmo, sinalizando um dia positivo para os ativos de risco. Mas esse sentimento positivo durou pouco.

As bolsas europeias que operavam com ganhos ao redor de 0,6%, registram perdas agora de 0,2%. Já o petróleo que chegou a registrar alta de 1% mais cedo, agora perde 1,5% de valor, cotado a US$ 65,67 o barril. Há uma semana atrás, o preço dessa commodity era cotado a US$ 75,25 o barril.

E diante da continuidade dessa aversão ao risco, o dólar estende o movimento de alta da véspera e opera cotado nesse momento a 93,112 pontos, maior cotação desde 31 de março desse ano (93,236 pontos). Ademais, rompe a resistência de 93 pontos.

Em contrapartida a esse movimento negativo, o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA opera em queda, sinalizando que os estímulos monetários na terra do tio Sam terão que ser mantidos por um longo período de tempo, apesar da disparada recente da inflação naquele país.

E com estímulos mantidos, inflação não deve arrefecer, trazendo mais incerteza para o rumo da política monetária na maior economia do mundo. E incerteza, coloca o investidor mais na defensiva ainda.

Finalizando, é importante entendermos que o movimento de aversão ao risco nessa semana é muito forte e coloca os ativos de risco sobrevendidos. E isso significa que havendo qualquer melhora no humor, eles tendem a registrar forte e rápida recuperação. Porém, é importante seguir monitorando os casos dessa variante na Ásia e em outros continentes. Havendo redução nos números de casos, o mercado voltará a performar positivamente. Mas enquanto isso não ocorre, seguimos com aversão ao risco nesse momento.

O mercado está perdido nesse momento e nos garante que a única certeza que temos hoje é que a volatilidade de todos os preços dos ativos seguirá nas alturas. É um tiroteio no escuro.


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