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O Ministério da Economia divulgou há pouco os dados da balança comercial de junho. No período, foi reportado US$ 28,104 bilhões de exportação contra US$ 17,732 bilhões importação.
Dessa forma, o saldo comercial ficou superavitário em US$ 10,372 bilhões, ficando levemente abaixo do esperado pelo mercado (US$ 10,7 bilhões). Apesar disso, vale mencionar que esse superávit é o maior já registrado na história do Brasil para um mês.
Com esses resultados, as exportações totalizam US$ 136,742 bilhões no acumulado do ano, enquanto as importações somam US$ 99,246 bilhões de importação em 2021. Por conta disso, nosso saldo comercial no primeiro semestre de 2021 é de US$ 37,496 bilhões, o maior também já registrado para esse período na série histórica.
E no acumulado em 12 meses, as exportações totalizam US$ 245,231 bilhões, as importações US$ 179,637 bilhões e, portanto, o saldo comercial é positivo em US$ 65,594 bilhões (maior da história também).
FATORES PARA ESSE EXCELENTE DESEMPENHO
Esse excelente resultado da balança comercial brasileira é fruto da forte valorização do dólar a partir de janeiro de 2020 até o momento (25% de alta da moeda norte-americana) e da disparada do preço das commodities no mercado internacional.
A depreciação da nossa moeda proporcionou maior competitividade dos produtos brasileiros, em especial, as matérias-primas, que são os bens com maior peso na nossa pauta de exportação.
E para melhorar esse quadro, o preço dessas commodities tiveram forte alta no mercado internacional, por conta da forte recuperação da demanda global após a pior fase da pandemia no mundo. Ou seja, tivemos o quadro perfeito para explosão das exportações brasileiras.
Como consequência disso, a exportação dos produtos agropecuários cresceu 28,2% no acumulado desse ano, para US$ 32,28 bilhões (23,6% do total vendido para o exterior). Já a indústria extrativista (minérios) registrou forte incremento de 77% no primeiro semestre de 2021 em relação ao ano passado, totalizando US$ 38,13 bilhões (27,9% do total exportado).
E a maior demanda dessas matérias-primas vem exatamente da Ásia, que tem escassez de oferta local desses produtos, em especial, China. Somente com o gigante asiático, nosso superávit comercial em 2021 totaliza US$ 26,6 bilhões (70,9% do saldo positivo).
E para o segundo semestre a expectativa é de continuidade de um excelente desempenho da balança comercial, impulsionado pela depreciação da nossa moeda e preço altos para as matérias-primas. Nesse cenário, o mercado espera que o superávit da balança comercial brasileira encerre esse ano em US$ 68,8 bilhões.
Esse cenário positivo para as contas externas é mais um fundamento, junto com alta dos juros e forte crescimento do PIB esse ano (5%), que corrobora para uma tendência de queda do dólar no curto prazo.