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📊 Gráfico do Dia: Mais uma oportunidade de vender seu Marea nos EUA

Por: Thiago Davino
Gráfico, Macro
Publicado em: 13/07/2021 12:20

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O Bureau of Labor Statistics (BLS) divulgou há pouco os dados de inflação ao consumidor nos EUA referente a junho.

No período, o índice núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, registrou alta de 0,9% na comparação mensal, muito acima do esperado pelo mercado (0,4%) e levemente superior a mediação anterior (0,7%).

No acumulado em 12 meses, a alta foi de 4,5%, também acima da expectativa dos analistas (4,0%) e do verificado em abril (3,8%). É a maior alta nessa base de comparação desde novembro de 1991.

Já o índice cheio, registrou alta mensal de 0,9% e de 5,4% no acumulado em 12 meses, ambos também acima do esperado pelo mercado (0,5% e 4,9%).

Vale lembrar, que o Banco Central dos EUA (FED) adota os índices inflacionários núcleo para adoção de sua política monetária, uma vez que eles sinalizam melhor a tendencia de preço sem impactos sazonais e choques pontuais de oferta, como ocorre nos preços de energia e alimentos. 


PREÇO DOS VEÍCULOS E CAMINHÕES USADOS SEGUEM EM DISPARADA            

O preço dos veículos e caminhões usados seguem sendo o item de maior pressão inflacionária nos EUA, pelo terceiro mês seguidos. Após a forte alta de 7,3% em maio, o preço desse bem subiu 10,5% no sexto mês do ano. Com isso, o acumulado em 12 meses saltou de 29,7% para 45,2%. Já o preço dos carros novos reportou alta de 2%, acumulando alta de 5,3% em 12 meses.

A pandemia fez com que as pessoas deixassem de usar transportes públicos por conta do maior risco de contágio da Covid e passaram a usar mais carros. E como a crise econômica provocada pela pandemia reduziu o poder de compra da população, eles preferiram demandar veículos usados ao invés dos novos. E isso acabou gerando essa disparada no preço desse item.

Com a retomada gradual do crescimento no mercado de trabalho ao longo do ano, o consumo deverá migrar de veículos usados para novos ao longo do segundo semestre, enfraquecendo o preço dos usados e fortalecendo dos novos.


ITENS MAIS IMPACTADOS PELA PANDEMIA COMEÇAM A SE RECUPERAR

Itens que tiveram forte queda da demanda por conta da Covid-19 deram mais sinais de manutenção da recuperação em junho. Vestuários viu o preço subir 0,7%, após alta de 1,2% no mês anterior. No acumulado em 12 meses a alta é de 4,9%, se mantendo no campo positivo pelo terceiro mês seguido, após mais de 1 ano de queda nessa base de comparação.

Retomada de eventos sociais por conta do avanço da vacinação, traz de volta a demanda por roupas e acessórios, afinal, ninguém compra roupa para ficar em casa.

Outros dois itens que foram muito impactados pela pandemia e se destacaram positivamente foram: Hospedagem fora de casa (0,5%) e tarifas aéreas (2,7%).

E com a proximidade do verão no hemisfério Norte e a população vacinada, a tendência é esses itens terem forte aumento da demanda no médio prazo, impulsionando o preço.


APESAR DA DISPARADA, TAXA DE JUROS SEGUIRÁ INALTERADA POR UM LONGO PERÍODO DE TEMPO

A forte pressão inflacionária nos últimos três meses fez com que o resultado acumulado em 12 meses ficasse bem acima da meta de 2% para o índice núcleo. Entretanto não muda a perspectiva do mercado de que o Fed manterá a taxa básica de juros na terra do tio Sam no menor nível da história por um longo período de tempo.

Essa percepção ocorre por dois fatores. Primeiramente, o Fed já disse que quer ver inflação acima da meta por alguns meses e que isso não mudaria sua visão dovish (pró-juros baixo). Outro ponto importante, que o Fed alertou na sua última ata do Fomc, é que enquanto a economia não retornar ao pleno emprego, não haverá mudança na política monetária e para isso, os EIA precisam recuperar 6,7 milhões de postos perdidos desde o inicio da pandemia.  

Diante desse quadro de busca pró-inflação e pleno emprego, o Fed não deve mudar os juros pelo menos antes de 2022. A previsão da autoridade monetária norte-americana segue de primeiro aperto monetário no segundo semestre de 2022. Antes disso, deverá a começar a reduzir o valor de compra de títulos públicos e privados, que atualmente, totalizam US$ 120 bilhões por mês. 

O número de traz uma pressão de alta pontual para o dólar hoje. Mas quando verificamos que um terço dessa forte alta inflacionária é por conta dos carros usados, o que mantém perspectiva de manutenção de taxa de juros inalterado nos EUA por um longo período de tempo, mantém um viés de baixa para curto prazo para a moeda norte-americana.


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