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O BLS (Bureau of Labor Statistics) divulgou há pouco os dados do mercado de trabalho nos EUA referente a junho. No período, a maior economia do mundo criou 850 mil novos postos de trabalho, acima do esperado pelos analistas (700 mil). Já o número de maio foi revisado de 559 mil para 583 mil.
Apesar de acima do esperado, o resultado não sugere uma força do mercado de trabalho, pois somente o governo criou 188 mil novas vagas na área de educação, com o retorno das aulas presenciais. No mês anterior havia criado 67 mil.
Mostra de como o número não foi tão bom como sugeriu no primeiro momento, é que o setor privado criou 662 mil, muito próximo do esperado pelo mercado (600 mil). Já a área de manufatura frustrou, criando apenas 15 mil novas vagas ante estimativa de 28 mil.
ATIVIDADES QUE MAIS SOFRERAM NA PANDEMIA SEGUEM SENDO O DESTAQUE POSITIVO
A atividade de lazer e hospitalidade da maior economia do mundo foi a que mais sofreu com a pandemia, por conta das medidas de restrições sociais, e é exatamente aquela que segue liderando a criação de postos de trabalho pelo terceiro mês seguido.
Em junho, essa atividade criou 343 mil postos de trabalho, sendo: alimentação e bares (194 mil), diversões, jogo e recreação (74 mil) e alojamento (75 mil). O ritmo acelerado de vacinação nos EUA, tem motivado as pessoas a retomarem suas vidas sociais e isso tem grande impacto positivo sobre essa atividade como um todo.
Apesar da contínua recuperação, o setor de lazer e hospitalidade ainda acumula corte de 2,2 milhões de vagas desde fevereiro de 2020.
TAXA DE DESEMPREGO SOBE
Apesar da criação de vagas em junho, a taxa de desemprego subiu em junho de 5,8% para 5,9%. Essa pequena alta é reflexo do aumento de pessoas procurando emprego. Vale lembrar que pessoas que não procuram emprego não são consideradas desempregadas.
E com a recuperação gradual da economia e avanço da vacinação, as pessoas se sentem mais seguras em buscar empregos.
Entretanto, a taxa de participação do emprego segue ainda abaixo da média (Atual: 61,6% / Antes da Pandemia: 63,4%), o que sinaliza que as pessoas ainda não se sentem totalmente seguras a voltar a trabalhar ou estão preferindo receber auxílios do governo ao invés de procurar trabalho.
RESULTADO DERRUBA O DÓLAR
A frustração com a criação de vagas no setor privado penaliza o valor do dólar ao redor do globo, pois os números abertos de junho sugerem que a recuperação do mercado de trabalho segue em ritmo lento. Prova disso é que os EUA ainda acumulam um corte de 6,826 milhões de postos de trabalho desde março do ano passado.
Com a economia tendo dificuldade de recuperar os postos de trabalho perdidos por conta da pandemia, a expectativa de manutenção dos juros básicos na mínima histórica na terra do tio Sam por um longo período de tempo ganha força e penaliza o valor da divisa norte-americana.
E enquanto não retornar aos níveis pré-pandemia, não haverá mudança na política monetária expansionista pelo Fed. E sem perspectiva de início de um ciclo de aperto monetário nos EUA, o dólar perde valor.
VÍDEO GRÁFICO DO DIA
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