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Menor oferta de Palma na Malásia e forte quebra de 20% de girassol no Leste Europeu, trouxe escassez de oferta de óleos vegetais ao redor do globo. Por conta disso, houve uma forte demanda por óleo de soja, que viu seus preços dispararem esse ano e atingiram a máxima histórica esse mês (06/jun) ao registrar cotação de US$ 73,73 cents/LP. A máxima anterior era de US$ 71,26 cents/LP em março de 2008.
E por conta dessa forte valorização do preço dessa commodity, aliado a desvalorização do real de 2020 para cá, a exportação de óleo de soja no Brasil atingiu esse ano o maior volume desde que o Brasil passou a adotar o B10 para biocombutível. A máxima de volume segue sendo em 2012, quando havia menor utilização de óleo de soja para produção de biocombustível (B5).
Portanto, o incremento da utilização do programa brasileiro de combustível renovável gerou aumento da demanda interna, tirando oferta disponível para exportação. E por isso, o volume exportado esse ano não atinge máxima histórica, apesar do preço muito favorável no exterior e moeda brasileira bastante depreciada.
Porém, mesmo assim, é significativo o volume exportado esse ano, mesmo diante do programa de biocombustível ter atingido o B13 no primeiro trimestre desse ano. E diante da maior escassez de oferta local, por conta da exportação, o governo brasileiro teve que reduzir de B13 para B10 em abril desse ano.
E o reflexo do menor volume de oferta local para óleo de soja, disparada do preço no mercado internacional e depreciação do Real faz com que o preço do óleo de soja no Brasil tenha subido 86,9% no acumulado em 12 meses em maio desse ano. E caso o ritmo de exportação de óleo de soja siga forte esse ano, a tendência é seguir em alta o preço de óleo de soja refinado, encarecendo o custo da coxinha.
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